Travessia São Jorge - Capela


 Região: Chapada dos Veadeiros
 Local: São Jorge - GO
 Data: 07/09/2023


São Jorge -> Capela, travessia que vinha a tempos num abre e não abre danado, até que quando falaram que iam abrir, não acreditei e abriram...
Sem sair correndo pra não pegar aquele famoso “bafafá” de quando um atrativo é aberto na Chapada, esperamos um tempinho até para arrumar a logística e outros detalhes que são importantíssimos para uma travessia segura.
Tudo no jeito, juntei uma turma corajosa, aventureira e boa de pernada e partiu Chapada!!

A ideia foi fazer um reconhecimento e realizar a Travessia em um dia para ter noção do trajeto como um todo e não realizando pernoites pelo caminhos, pelo motivo já conhecermos os campins que delimitados na Travessia.
Adentramos no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros e as 07:48, pisamos forte num tiro ligeiro até a Travessia das Fiandeiras, onde é essencial aquela paradinha básica na beira do Rio Preto para dar um mergulho, um lanche para dar uma energia e sem demorar, voltamos para a trilha.
Nosso primeiro tiro foi feito em 2:15, fazendo assim os primeiros 8,5Km.
Depois da Travessia do rio seguimos firmes pegando aquele velho Platô que em 8 vezes nos levou para as 7 Quedas e que dessa vez, graças a Deus e ao clima, o vento estava forte, soprando bem para refrescar e amenizar o sol.
“Quem já pegou este trecho no ápice do calor e sem vento sabe do que estou falando”.
Fomos bem, fazendo conforme o previsto o tempo até a bifurcação que leva ou para as 7 Quedas, ou para a Capela. Pausa para um lanche, aquele estudo pré trilha vem na mente e começo a tentar lembrar do percurso pré visualizado. Barriga cheia, hidratação ok e fomos rumo ao desconhecido.
Já sabíamos que desceríamos para o vale e sempre tive a curiosidade para ver como seriam os paredões que ficam voltados para este lado da Chapada.
A trilha vai serpenteando por morros, umas grotas, um capim dourado, solo de cristal, daquele que o sol bate e reflete, trazendo aquele calorão de todos os lados.
Como entramos no vale, parecendo uma espécie de caldeirão, onde o vento não entrava, o bicho pegou... O calor chegou chegando e com força!!
No meio da descida um ribeirãozinho abençoado, corria uma água que brotava ali no morrote, trouxe um alívio e dos bons. Mesmo munidos com água potável suficiente, uma água para molhar a cabeça, o chapéu e outros panos, sempre é bem-vinda e ameniza e muito o calor.
Pelo fato de ser descida em com pedras soltas, o rendimento da caminhada cai drasticamente, chegando a ser quase o dobro em relação a tempo/quilômetros.
Galera foi bem demais e vencemos a descida que termina de fato na placa da Travessia que para quem chega, está de costas, marcando também ali, o inicio do último trajeto, até o Povoado da Capela. Pausa para aliviar a descida, tirar aquela foto na placa e pegar uma estrada, sombreada e que veio presenteando com alguns pés de cajus e cajuzinhos, já recheados de frutos. As araras foram avisando que estávamos chegando por aqueles últimos quilômetros, um estradão largo, alguns cachorros de roça latiam, o sol quase deitando já batendo no rosto e marcando no relógio a hora de chegada, ás 17:06.

Chegamos na casa do Joel e da Elza, onde a turma sem pensar duas vezes, se jogaram naquele convidativo chão de cimento queimado, geladinho e reconfortante.
Primeiro desejo da galera, uma Coca trincando.
Banho tomado, jantar na mesa, fartura e aquele sabor único deste tipo de refeição, pós Travessia, comida caseira, lá do interior do Goiás, ou melhor lá do Povoado da Capela.
Uma boa noite, descanso mais que merecido e ainda no outro dia fomos dar uma voltinha pelo povoado. Elza, Joel e Miguel foram nossos anfitriões e guias, mostrando curiosidades da vila.
Joel, Elza, Miguel e Luna, obrigadão pela recepção, hospitalidade, atenção e carinho.
Voltaremos com certeza...

Valeu d+ time... Carolzinha, Paula e Marco;
Na pisada firme, sempre!!

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Relato: Flávio Martins Santos



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