Serra Gerais & Aurora


 Região: Serra Gerais
 Local: Aurota do Tocantins - TO
 Data: 18 a 21/04/2025


Desta vez juntamos uma galera esperta e partimos lá pra cima, subindo o grandioso estado goiano, passamos pela bela Chapada dos Veadeiros e chegamos cedinho lá no Tocantins, mais precisamente na majestosa região das Serras Gerais.
Pode parecer longe, mas de Brasília até Aurora são aproximadamente 470Km, distância mediana para quem está habituado ou habituada a pegar estradas e tal ‘lonjura’ foi vencida na madrugada do dia 17 para o dia 18 de abril.

Chegamos na Praia do Pequizeiro, local onde optamos para ficar acampados por alguns motivos pontuais, como a beleza do local, ficar afastado de qualquer centro urbano e sua barulheira com seus carros abarrotados de som e também pelo motivo ‘raiz’ que é ficar acampado num lugar fora da curva, saindo da normalidade sempre que possível, dormir rente ao chão e ter um contato maior com a natureza, afinal nossas viagens são de aventura e não excursões triviais.
Enquanto montávamos o camping logo veio o grito da Djanira: “Café da manhã está pronto!
Um mesa recheada de bolos, pães, biscoitos, queijos e mais um bocado de coisas que já mostrava que teríamos alguns bons dias de fartura e sabores mil.
Barriga cheia, camping arrumado e nosso guia local Zeca foi apresentado ao grupo.
Aquela conversa ligeira, entramos no nosso transporte e fomos lá para o início da trilha que leva até o Poço Azul. Caminhada gostosa, passando por veredas e com o sol bem tímido vencemos a trilha levinha, com seus 3.5Km cada trecho e uma paisagem de ficar deslumbrado com um belo paredão que emoldura grande parte da região.
Chegamos no Poço Azul e o local por ser ‘mais selvagem’ do que os pontos convencionais da região, faz as vezes ter a sorte de não ter mais grupo algum lá e foi o que rolou.
O Poço Azul é uma curva num riacho, onde forma um poço fundo e com uma coloração muita linda. O barato é a brincadeira de subir o riacho, dar aquele pulo e descer flutuando curtindo suas águas mornas.
Depois de um bom tempo voltamos pela trilha e partimos em direção à Praia do Puçá que possui uma boa estrutura e por isso já é normal ter bastante gente lá.
O Puçá é uma praia onde tem mesas, cadeiras, sombreiros, telhados de palha para fugir do sol, bar e restaurante com alguns petiscos, alimentação como almoço e bebida geladinha. Descendo a Praia do Puçá tem um poço que é preciso pegar uma trilha curtíssima e que vale muito a pena dar uma passada lá por ser mais vazio do que o ponto principal. Nosso dia terminou na nossa base, lá no Pequizeiro, onde tivemos um farto e saboroso jantar e uma boa noite de camping.

Levantamos cedo, café da manhã sem pressa, tempo para saborear cada coisa servida e só depois pegamos estrada rumo a Cachoeira do Registro.
Depois de um trecho de estrada de terra chegamos na entrada da ‘cachu’, onde funciona uma ‘hidroelétrica’, o que impede dos visitantes de ir até o majestoso poço da Cachoeira do Registro. Vale sim a visita, não só pelo visual da linda Cachoeira do Registro, mas também para conhecer um pouco mais sobre os rios e riachos da região e suas formações. Na volta passamos no Parque Municipal de Taguatinga onde o Rio da Pedras forma um belo e grandioso poço. Por sorte chegamos lá ainda não tinha ninguém, só o nosso grupo é todo aquele poção só nosso. O poço possui uma coloração linda, água com temperatura ideal e uma corredeira que faz o banho uma verdadeira diversão.
Na volta passamos no encontro do Rio Vermelho que de uma lado tem uma água mais gelada e no outro lado uma água mais morna.
Ainda no caminho fomos conhecer o Escorrega do Betim, que por estar bem cheio e parecendo um clube, nossa passagem lá foi bem ligeira, só foi mais demorada mesmo por conta do almoço. Depois deste passeio lá para as bandas de Taguatinga voltamos para nossa base, lá no camping no Pequizeiro onde tivemos mais uma noite de um farto jantar, boa conversa e aquela praia toda a nossa disposição.

Acordar cedo no acampamento é padrão, até porque quando escuta o som do café da manhã sendo preparado você já fica de prontidão.
Pegamos a estrada e fomos mais cedo para o Rio Azuis, que na verdade é como um clube. Paga para estacionar, pagar na primeira portaria e paga também em outra portaria, a da nascente. Caso goste de paz e sossego a dica é para que você vá em um dia de semana, como estávamos em um feriadão a nascente estava lotada.
Por ser um dos atrativos mais conhecido da região isso era de se esperar. Ficamos ali um tempinho e pegamos o caminho para o Poço Paraíso que por ser um pouquinho mais afastado tivemos a sorte de chegar lá ter pouquíssimas pessoas e que logo foram embora, ficando toda aquela beleza só para o grupo.
Horas de curtição, lanche, mergulhos e pegamos o caminho de volta para a nossa base onde conseguimos ainda pegar o restinho do dia curtindo a Praia do Pequizeiro.

Dia de acordar, desmontar o camping, tomar aquele último café da manhã, dar os últimos pulos no riacho ‘azulado esverdeado’ do Pequizeiro, despedir de todos que ali trabalham e pegar a estrada de volta para Brasília.
Bons dias, muita beleza vista e conhecida numa região diferente de tudo que temos por estas nossas bandas. O Tocantins é gigantesco e só nessa beirinha aqui colada na Chapada merece uma atenção especial, afinal não conhecemos nem 5% do que tem pra lá.
Voltaremos um dia, com certeza...

Nosso agradecimento de coração para as aventureiras e aventureiros que embarcaram nesta viagem maravilhosa, com lindas paisagens, novas amizades, pessoas singulares e aquele energia boa que sempre carregamos nas mochilas e nos corações.

Agradecimento: Djanira, Nena e toda a equipe do Pequizeiro, ao Zeca nosso guia e ao Moisés, piloto da nave.

Vamos sempre em frente que o caminho é longo!!
Abração, Flávio e Carolzinha.

Relato: Flávio Martins Santos


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